sábado, 16 de março de 2013

Extração de dente do siso evita que outros dentes se encavalem

O dente do siso, conhecido na odontologia como terceiro molar, é o último a erupcionar. Ele pode ou não se desenvolver. Em alguns casos, devido à falta de espaço na cavidade oral, eles se formam em posições erradas, o que impossibilita sua erupção. 
Segundo o dentista Cláudio Andrade, são muitas as indicações para a cirurgia de extração do dente do siso.
A primeira delas, como citado, é devido à ausência de lugar para o crescimento do dente na arcada dentária, quando começa a erupcionar parcialmente, ou fica incluso, semi-incluso, deitado, ou ainda obstruído pelo segundo molar. 
“Outra indicação bastante comum – explica Andrade – é quando ocorre a pericoronarite, ou seja, a gengiva se descola do dente vizinho, abrindo assim um espaço na tentativa de que o dente erupcione.” “Essa gengiva descolada parcialmente sobre o dente vira um local de contaminação, retendo resto de alimentos e bactérias, e irá inflamar e causar bastante dor, infecção e inchaço”, esclarece o dentista. Ele acrescenta que pacientes que fazem tratamento ortodôntico muitas vezes são indicados também a extrair o dente do siso para ganhar espaço e assim poder movimentar os dentes.
Após a cirurgia, o dentista ressalta a importância de alguns cuidados básicos, como repouso moderado nos dois primeiros dias, evitando pegar peso e fazer atividades físicas, usar bolsa de gelo, não fazer bochechos nas primeiras 24 horas e, se o sangramento persistir, usar gaze dobrada no local e exercer pressão contínua, mordendo por 30 minutos. “Aos fumantes, na primeira semana após a extração, é importante evitar o fumo. O cigarro retarda a cicatrização”. 
Cláudio Andrade declara que há fundamento na afirmação de que os dentes do siso estão em extinção, isso porque, com a evolução da espécie humana, os ossos do crânio foram diminuindo de tamanho, pois os homens primitivos faziam muita força para comer alimentos e carnes cruas, desenvolvendo assim a musculatura facial e a arcada dentária. Hoje em dia, com alimentação relativamente macia, essas quantidades de dentes não são mais necessárias. “É comum encontrarmos pacientes que já fazem parte dessa evolução, com nenhum, um, dois ou ainda três dentes do siso”, pontua. 
Higienização. Em razão da sua posição na arcada dentária, sendo o último dente, muitas vezes as pessoas não conseguem fazer uma limpeza adequada, o que possibilita o aparecimento de cáries. Outro fator que contribui para o surgimento da cárie é quando o dente está semi-incluso, ou seja, parte dele se apresenta fora da gengiva e o restante fica tampado por ela. Assim, restos de alimentos e bactérias podem entrar embaixo dessa gengiva. “A recomendação é que todo paciente visite seu dentista a cada seis meses ou no máximo um ano, para evitar não só problemas com os dentes do siso, mas também cáries e outros tipos de doenças que podem aparecer na boca”. 

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