Os números de casos de câncer de boca vêm crescendo rapidamente no mundo. No Brasil é o quinto mais comum entre os homens e o 13º entre as mulheres e tal aumento pode ser causado pela falta de prevenção e abuso do uso de álcool e cigarro, conforme explica o cirurgião de cabeça e pescoço Marcelo Benedito Menezes, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André.
Os cânceres de boca são tumores malignos que atingem a região dos lábios, língua, céu da boca e gengiva. Os principais fatores de risco para a causa do câncer de boca são o tabagismo, consumo de álcool e má higiene bucal, além do baixo consumo de caroteno e vitamina C, além de histórico familiar de câncer. A exposição excessiva ao sol também aumenta o risco do câncer do lábio. É importante ressaltar que a pessoa que possui hábitos tabagistas possui cinco vezes mais chances de desenvolver o câncer de boca do que o não fumante. O sintoma mais frequente é uma ferida na boca que não cicatriza em até duas semanas. Outros sinais podem ser ulcerações superficiais indolores, manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios e mucosa bucal, além da presença de dor e linfadenomegalia cervical – íngua no pescoço – que podem representar câncer de boca em estágio avançado. Outros sinais também podem facilmente ser detectados durante um autoexame como a mudança na aparência dos lábios e da porção interna da boca, endurecimentos, sangramentos, inchaços, áreas dormentes e dentes amolecidos ou quebrados. Segundo o cirurgião, o autoexame da boca constante ajuda a detectar precocemente o câncer. “Se detectado logo no início as chances de cura podem chegar a 90%, em caso contrário elas podem ser em torno de 20%”, explica. Durante o diagnóstico, o médico realizará primeiramente um exame clínico da boca e posteriormente uma biopsia do local lesionado. Exames de raio-x também podem ser úteis, pois eles verificam o comprometimento dos ossos. Pessoas com hábitos que levam a patologia devem procurar um profissional para análise a cada 6 meses. O tratamento pode ser feito com cirurgia ou radioterapia, ambos associados a métodos terapêuticos específicos. Nos casos iniciais tanto a cirurgia como a radioterapia oferecem bons resultados, mas tudo vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento. Nos casos mais avançados a cirurgia pode ser indicada. Porém existem casos onde ela não é possível e a quimioterapia associada à radioterapia será o tratamento mais adequado. Em determinados casos após a cirurgia podem ficar sequelas, como a perda de áreas da face, sendo necessário um tratamento multidisciplinar com fonoaudiólogo e psicólogos. “A prevenção ainda é a melhor saída, portanto pessoas com mais de 40 anos de idade, dentes fraturados, fumantes e portadores de próteses mal-ajustadas devem evitar o fumo e o álcool, além de fazer uma rigorosa higiene bucal”, orienta o especialista. Já o câncer de lábio deve ser prevenido expondo-se ao sol de forma protegida, com filtro solar e chapéu de aba longa. Evitar o fumo também ajuda na prevenção deste tipo de câncer. Fonte: Dentistry |
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